Hortolândia realiza pesquisa para detectar carrapato em área sob a Ponte Estaiada

Pesquisa acarológica executada pela UVZ, órgão da Prefeitura, na semana passada, detectou presença de carrapatos no local

Hortolândia prossegue com ações preventivas contra a Febre Maculosa. A Prefeitura realizou uma nova pesquisa acarológica, na semana passada. A ação consiste em verificar se há presença ou não de carrapatos em um local ou região. A pesquisa foi feita pela Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ), órgão da Secretaria de Saúde, em uma área com vegetação sob a Ponte Estaiada, na região do Jardim Santa Rita de Cássia, próximo à usina de energia fotovoltaica já implantada pelo município.

Denominada pesquisa acarológica, a ação detectou a presença de carrapatos no local. O carrapato é um animal artrópode, da mesma classe da aranha, que pode transmitir a Febre Maculosa ao ser humano. A transmissão acontece pela picada de um carrapato infectado com a bactéria Rickettsia rickettsii, que causa a doença. O carrapato vive em áreas verdes, de mata ou à beira de córregos, rios, lagoas e lagos. Ele pode ficar grudado no corpo de animais, principalmente capivaras, e também cavalos.

A pesquisa foi feita com duas técnicas. Uma delas é a de arrasto, por meio da qual as equipes arrastaram um pano sobre o solo para capturar o carrapato. A outra técnica é armadilha com gelo seco, que consiste em colocar o material sobre o solo e por cima um pano estendido.

Para realizar a pesquisa, as equipes da UVZ vestiram EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) para facilitar a identificação de animais que, porventura, tenham grudado nos EPIs durante a realização da atividade.

FEBRE MACULOSA

De acordo com a veterinária da UVZ, Tosca de Lucca Benini Tomass, com a confirmação da presença de carrapatos no local investigado, o mesmo é uma nova área mapeada no município com risco de contágio de Febre Maculosa.

“Por isso, reforçamos a orientação para que a população evite entrar nesse local”, ressalta a veterinária. Para reforçar o alerta, a UVZ irá colocar uma placa de sinalização para informar o público a evitar adentrar na área com vegetação pesquisada, nesta semana.

Ainda de acordo com a veterinária, a UVZ planeja realizar pesquisa acarológica uma vez por mês em diferentes regiões da cidade que são monitoradas com suspeita de presença de carrapatos. A realização da pesquisa depende das condições climáticas.

De acordo com a Vigilância Epidemiológica (VE), órgão também da Secretaria de Saúde, neste ano o município registra 25 casos notificados de Febre Maculosa, dos quais 16 casos negativos e nove casos em investigação.

PRIMEIRA PESQUISA

A UVZ e a VE salientam que a evolução da doença no ser humano acontece num curto espaço de tempo, entre quatro a cinco dias após o início dos sintomas. Dentre os principais sintomas estão febre alta, cefaleia, náusea, vômito, dor abdominal, mal-estar generalizado, manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos que se espalham nas palmas e solas dos pés, entre outros.

A progressão da doença varia de pessoa para pessoa. Por isso, nem todos os pacientes podem apresentar os sinais ou sintomas listados acima. A Febre Maculosa pode levar a óbito, por isso os dois órgãos orientam as pessoas com suspeita da doença a procurar ajuda médica e evitar fazer a automedicação.

A Prefeitura de Hortolândia realizou a primeira pesquisa acarológica no fim do ano passado. A primeira pesquisa foi resultado da capacitação que a UVZ teve também no ano passado, ministrada pela Coordenadoria de Controle de Doenças/Vetores (antiga SUCEN – Superintendência de Controle de Endemias), órgão do governo do Estado.