Revitalizada, nascente do Pq. Dorothy está disponível à visitação pública

Ação faz parte do Projeto “Conhecendo nossas Nascentes”, lançado em março e em realização pela Prefeitura

Cerca de 150 crianças, estudantes da rede municipal de ensino, puderam ver de perto, na manhã desta quarta-feira (01/10), uma das principais atrações do Parque Socioambiental Irmã Dorothy Stang, no Jd. Nossa Senhora de Fátima: a nascente 237, que está preservada e deságua na lagoa de águas cristalinas existente no parque. A visita, acompanhada pelo prefeito José Nazareno Zezé Gomes, faz parte do  Projeto “Conhecendo nossas nascentes”, em realização pela Prefeitura. 

A ação da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Assuntos Climáticos contou com a parceria da Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia e também do Conselho Municipal do Meio Ambiente.

Nesta segunda ação do Projeto, uma placa identificando a nascente e disponibilizando um QRCode com uma série de informações sobre ela (confira abaixo) foi afixada ao lado da escada que dá acesso ao olho d’água. Lançado no dia 18 de março deste ano, na nascente do Loteamento “Vila Verde”, na região do São Sebastião, o Projeto busca apresentar a quem vive na cidade os “olhos d’água” existentes em locais acessíveis para que sejam visitados, apreciados, estudados e, deste modo, preservados como patrimônios públicos naturais.

Após a apresentação musical dos alunos da Emei (Escola Municipal de Educação Infantil) Profa Izabel Sostena, as crianças das três escolas convidadas – Emeb (Escola Municipal de Educação Básica) Josias da Silva Macedo e Emei Jardim Amanda I, acompanharam com atenção as palavras do prefeito e, em seguida, foram visitar a nascente.

“A questão ambiental é importante e um dos principais eixos da humanidade hoje. Foram feitos grandes estragos no passado, que precisamos corrigir. Aqui mesmo, neste parque, era assim. Lá onde fica o ginásio Vitor Savala, era um lixão. Começamos a recuperar sem recurso nenhum. E hoje é esta maravilha, que nos recebe. Levem para o papai e a mamãe esta mensagem de que precisamos cuidar do nosso meio ambiente, inclusive de nossas nascentes. Esta é a nossa principal nascente, a mais limpa. Não temos rios passando em Hortolândia, somente nascentes. Estamos em busca de recursos para recuperar nossas nascentes”, afirmou Zezé Gomes.

“Gostei da ação. É bem interessante, porque é importante que as crianças entendam e se importem. A água não é para sempre, não é algo infinito”, comentou Zala Khan Safi, de 10 anos, estudante do 5º ano C da Emeb Josias. 

“Temos que valorizar as plantas, as árvores, as flores e ter consciência. Aqui aprendi que nem tudo é para sempre. Se a água pode acabar, temos que valorizar o que temos aqui, hoje”, complementou o colega de sala João Gabriel Manzi Bernardi, de 11 anos.

Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Assuntos Climáticos, a cidade tem 109 nascentes mapeadas no Plano de Revitalização de Nascentes e 20 delas vivas, em monitoramento. 

“Essas nascentes são de fácil acesso. Por exemplo, aqui dentro do Parque Irmã Dorothy, temos essa nascente que foi preservada lá atrás, inclusive por moradores antigos, que reconheceram a existência dessa nascente, que foi uma das opções para a implantação desse parque. Muitas vezes, as pessoas visitam o parque, as escolas que vêm aqui e fazem atividades de educação ambiental, não observam que existe uma nascente aqui dentro. Então, a gente revitalizou essa nascente, identificou através de uma placa que tem um QR Code que mostra a existência dessa nascente e o número cadastrado para que as pessoas que visitem, as escolas que fazem atividade de educação ambiental aqui no parque, possam de fato reconhecer que esta é a nascente que abastece a nossa lagoa. Ela é, inclusive, uma das principais nascentes da cidade, porque não recebe nenhuma tubulação de águas pluviais. É uma nascente de água pura, que abastece a nossa lagoa”, afirmou Eliane.

Ainda de acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Assuntos Climáticos, a ação também marca a abertura da Semana de Mostra Ambiental no Parque, no período que antecede o Dia das Crianças (12/10), disponibilizando à população, nesta quinta e sexta-feira (02 e 03/10), no espaço da Sala Ecológica, uma série de projetos ambientais realizados pela Prefeitura.

Saiba mais sobre o Projeto

O lançamento oficial do Projeto aconteceu numa área pública do Vila Verde, na Rua Camomila, com cerca de 27.611,11 metros quadrados, que reúne uma pracinha com pista de caminhada, mesas e banquinhos em meio a árvores, e uma APP (Área de Preservação Permanente). Nesta APP, existe a nascente 221-A, uma das 109 catalogadas no município, após estudo realizado em 2021. A mina, assim como a do Ribeirão Jacuba, a do Green Park e a do Pq. Irmã Dorothy, é uma das já preservadas pelo Poder Público.

O Projeto de visitação às nascentes está alinhado às ODSs (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável) da ONU (Organização das Nações Unidas). Além das minas revitalizadas com recursos próprios ou conquistados junto a parceiros estaduais e federais, a Prefeitura anunciou, em março deste ano, a conquista de recursos do FID (Fundo Estadual de Defesa dos Interesses Difusos), na ordem de R$1 milhão, para recuperar quatro nascentes existente em outra área verde, a do Terras de Santa Maria.

Confira o texto sobre a nascente disponibilizado pelo QRcode: 

“A Nascente nº 237, identificada no levantamento de nascentes realizado pelo Município em 2021, conforme a Lei Municipal nº 4.184/2023, está localizada no Parque Socioambiental Irmã Dorothy Stang, na Rua Manoel Antônio da Silva, 415, Jardim São Benedito em Hortolândia-SP. 

Essa nascente é preservada e deságua na lagoa existente dentro do Parque, originando um córrego sem denominação. Esse curso d’água percorre os bairros Jardim São Benedito, Jardim Ricardo, Jardim Nossa Senhora de Lourdes, Núcleo Santa Izabel e um trecho Jardim Santa Emília, sendo um afluente do Ribeirão Jacuba, o que contribui para a continuidade do ecossistema local.

O Parque Socioambiental Irmã Dorothy Stang possui uma área de aproximadamente 46.194 metros quadrados e foi inaugurado em homenagem à missionária ativista ambiental assassinada em 2005, símbolo da luta socioambiental. O espaço conta com trilhas ecológicas, lagoa natural, plantio de espécies arbóreas nativas e exóticas, além de programas de educação ambiental que valorizam o uso sustentável do espaço e promovem a sensibilização da comunidade.”