Equipe de veterinários da Prefeitura recebe formação ministrada pelo Estado, durante esta semana
Saber identificar o carrapato é importante para realizar ações eficientes de prevenção contra a Febre Maculosa. É por isso que as equipes de saúde da Prefeitura de Hortolândia continuam a ter capacitações sobre o animal. Nesta semana, os veterinários da UVZ (Unidade de Vigilância de Zoonoses), órgão da Secretaria Municipal de Saúde, recebem treinamento para identificar diferentes espécies de carrapato. A atividade é ministrada pela Coordenadoria de Controle de Doenças/Vetores, antiga SUCEN (Superintendência de Controle de Endemias), órgão do governo do Estado.
A veterinária da UVZ, Tosca de Lucca Benini Tomass, uma das participantes, explica que a formação ensinou como fazer a correta observação, por meio de microscópio, de exemplares de diferentes espécies do animal.
“Com uso do microscópio, aprendemos as chamadas chaves de identificação, que são as características de membros e outras partes do corpo do carrapato. É importante sabermos essas características para conseguir identificar cada espécie diferente do animal”, destaca a veterinária.
O treinamento desta semana é a última atividade de capacitação sobre carrapatos que a UVZ de Hortolândia está tendo. Na semana passada, as equipes do órgão tiveram treinamento de pesquisa acarológica, que é a ação para detectar carrapatos em áreas verdes públicas da cidade.
FEBRE MACULOSA
De acordo com a Vigilância Epidemiológica, órgão também da Secretaria de Saúde de Hortolândia, a Febre Maculosa é transmitida para o ser humano pela picada do carrapato infectado com a bactéria que causa a doença.
O carrapato é um animal artrópode da mesma classe da aranha que vive em áreas verdes, de mata ou à beira de córregos, rios e lagoas. O carrapato pode ficar grudado no corpo de animais como capivaras e cavalos.
A Vigilância Epidemiológica salienta que a evolução da doença acontece num curto espaço de tempo, entre quatro a cinco dias após o início dos sintomas. Dentre os principais sintomas estão febre alta, cefaleia, náusea, vômito, dor abdominal, mal-estar generalizado, manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos que se espalham pelas palmas e solas dos pés, entre outros.
A progressão da doença varia de pessoa para pessoa. Por isso, nem todos os pacientes podem apresentar os sinais ou sintomas listados acima. A Febre Maculosa pode levar a óbito, por isso a Vigilância Epidemiológica orienta as pessoas com suspeita da doença a procurar ajuda médica e evitar fazer a automedicação.
Ainda de acordo com o órgão, neste ano o município não registra nenhum caso da doença. No ano passado, foi registrado um caso importado da doença que foi a óbito. Já em 2022, não houve nenhum caso da doença.