Prefeitura irá colocar armadilhas na região do Jardim São Sebastião, a partir da segunda-feira (24/03); agentes da UVZ receberam treinamento nesta quinta-feira (20/03)
Hortolândia adota mais uma ação de combate ao Aedes aegypti para evitar o aumento de casos de Dengue, Zika e Chikungunya. A UVZ (Unidade de Vigilância de Zoonoses), órgão da Secretaria de Saúde, ministrou treinamento para suas equipes sobre armadilhas contra o inseto, nesta quinta-feira (20/03). Os agentes do órgão vão colocar as armadilhas em casas na região do Jardim São Sebastião, a partir desta segunda-feira (24/03). No treinamento, o órgão explicou para as equipes o funcionamento das armadilhas e como montá-las.
O município participa de um projeto-piloto para eliminar o Aedes aegypti por meio de uso de armadilhas com larvicida. As armadilhas foram desenvolvidas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), instituição vinculada ao Ministério da Saúde. O ministério coordena a implantação do projeto-piloto. De acordo com a UVZ, o município recebeu 600 armadilhas. Além de Hortolândia, outras cidades da região também participam do projeto-piloto.
O veterinário da UVZ, Evandro Alves Cardoso, explica que o projeto consiste na colocação de estações disseminadoras de larvicida (EDLs). As estações são baldes com água e telas de feltro. As telas estão impregnadas com micropartículas de larvicida, substância para matar as larvas do mosquito. As micropartículas do larvicida aderem na fêmea do Aedes aegypti quando ela deposita no balde os ovos que darão origem a mais mosquitos.
“Com isso, o objetivo é eliminar os ovos depositados no balde pela fêmea e disseminar o larvicida em outros criadouros onde a fêmea for depositar mais ovos”, salienta Cardoso.
Ainda de acordo com o veterinário, Hortolândia foi escolhida e convidada pelo Ministério da Saúde para participar do projeto-piloto por ser considerado um município prioritário na região e por apresentar elevado número de casos de Dengue este ano.
MONITORAMENTO
Por ser um projeto-piloto, o veterinário ressalta que inicialmente as armadilhas serão colocadas somente em algumas casas do Jardim São Sebastião. A UVZ escolheu o bairro por ser uma área com grande número de casos de Dengue.
“Após a colocação das armadilhas, vamos monitorar a região durante um ano. Por causa disso é que também escolhemos o Jardim São Sebastião. Do ponto de vista de localização geográfica, é um bairro mais isolado, o que facilita o monitoramento”, explica o veterinário.
Caso o projeto-piloto apresente resultado positivo, o órgão pretende pleitear junto ao Ministério da Saúde o envio de mais armadilhas para serem colocadas em outras regiões do município.
ATUALIZAÇÃO DE CASOS NOTIFICADOS
Em paralelo à implantação do projeto-piloto de armadilhas, a UVZ irá continuar com as ações semanais de busca ativa e nebulização contra o Aedes aegypti no município, inclusive na região do Jardim São Sebastião.
Ainda de acordo com a UVZ, o município registra neste ano 7.008 casos notificados de Dengue, dos quais 2.244 casos positivos, um óbito confirmado e três óbitos em investigação. Já de Chikungunya são cinco casos notificados, sendo um caso positivo e quatro em investigação. Neste ano, o município ainda não registra nenhum caso de Zika.
