Ações aconteceram, nesta segunda (26/05) e na sexta-feira (23/05), nos CRASs Novo Ângulo e Jd. Primavera
Pelo menos 75 pessoas, atendidas pelo SUAS (Sistema Único de Assistência Social) em Hortolândia, receberam orientações sobre o “Maio Laranja”, mês de prevenção e combate ao abuso e à exploração sexual infantil no Brasil. Os eventos promovidos pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Inclusão e Desenvolvimento Social, aconteceram nesta segunda-feira (26/05), no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) Jd. Novo Ângulo, e, na última sexta (23/05), no CRAS Jd. Primavera. A programação faz parte do calendário de eventos pelos 34 anos de Hortolândia.
Na palestra de hoje sobre “Prevenção ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes”, a psicóloga Kelly Karoline Amorim Mafra, procurou sensibilizar os 30 participantes acerca do assunto, bem como orientar as famílias atendidas por meio dos serviços PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil) e MSE (Medidas Socioeducativas Educativas) com relação aos sinais de eventuais situações abusivas, envolvendo crianças e jovens. Participaram do trabalho as assistentes sociais Cleide Regina Silva de Souza e Neusa Maurício Cavalcante e as orientadoras sociais Alane Passos de Oliveira e Eliana Kate Lima de Souza.
Para a coordenadora do CRAS Novo Ângulo, Viviane de Oliveira Moreira Barbosa, a campanha do “Maio Laranja” junto à comunidade é de suma importância.
“A campanha visa mobilizar a sociedade para garantir os direitos das crianças e dos (as) adolescentes, fortalecendo os vínculos familiares e comunitários. O CRAS, como unidade da assistência social, tem papel fundamental na prevenção e orientação das famílias atendidas”, explica a gestora.
Já no CRAS Jd. Primavera, a abordagem sobre o “Maio Laranja: fortalecendo laços de proteção” voltada à comunidade procurou envolver também os três estagiários da unidade, Bruna Rosa Franco, Helbert Igor Almeira e Henrique Gabriel de A. Oijan, que cursam o 9º semestre de Psicologia no UNASP (Centro Universitário Adventista de São Paulo), câmpus Hortolândia.

“A atividade realizada pelos estagiários foi extremamente significativa, tanto pelo cuidado técnico na abordagem quanto pela sensibilidade no contato com as famílias. Trabalhar a prevenção do abuso e da exploração sexual de crianças e adolescentes exige não apenas conhecimento, mas também escuta qualificada e empatia. O espaço construído favoreceu o diálogo, a reflexão e, principalmente, o fortalecimento dos vínculos comunitários, o que é essencial para a efetividade do nosso trabalho no território. Ver participantes se sentirem acolhidos a ponto de compartilhar experiências tão delicadas mostra que, quando há escuta e respeito, há também transformação”, explicou a psicóloga e coordenadora do CRAS Primavera, Márcia Fialho Gomes.
Para os estudantes, a atividade do “Maio Laranja” foi bastante enriquecedora.
“Trouxemos uma série de informações essenciais sobre como identificar sinais de abuso e violência sexual na infância e adolescência”, comentou Henrique Oijan.
“Durante a atividade, contextualizamos o tema, apresentamos dados relevantes e abrimos espaço para o compartilhamento de relatos”, explicou Helbert Almeida.
“Fizemos um trabalho de psicoeducação, trazendo informações e ideias que pudessem fortalecer cada pessoa ali presente”, complementou Bruna Rosa.
Para a assistente social Roseli Salete Braghirolli, gerente da Proteção Social Básica, o combate ao abuso e exploração sexual infantil é bem desafiador.
“Para uma proteção eficaz é preciso união, pois os crimes podem acontecer onde menos esperamos, inclusive sendo cometidos por aqueles em que confiamos, como parentes e amigos. Por essa razão, os casos são mais comuns do que imaginamos, porém precisam ser enfrentados com coragem. É de fundamental importância que este tema seja abordado de forma corriqueira nos Serviços de Proteção Social Básica e Proteção Social Especial e demais políticas públicas no decorrer do ano, não só no mês de Maio”, ressalta Roseli.
“’Maio Laranja’ é o mês que dedicamos aos debates e às ações do combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. É um momento de reflexão, conscientização e, acima de tudo, de ação. Precisamos romper o silêncio, acolher as vítimas e responsabilizar os agressores. Falar sobre esse tema é proteger a infância, é garantir o direito de meninos e meninas crescerem com dignidade, segurança e amor. Que o ‘Maio Laranja’ nos lembre todos os dias da nossa responsabilidade coletiva de cuidar e proteger nossas crianças”, afirmou o secretário adjunto de Inclusão e Desenvolvimento Social, Gérson Ferreira.