Peça será encenada em Hortolândia, nesta quinta-feira (11/09), às 20h, no Teatro Elizabeth Keller de Matos, com ingressos a preços populares; vinda do espetáculo à cidade tem o apoio da Prefeitura
Uma jornada difícil, dolorosa, mas necessária. Assim a atriz Helga Nemetik define a experiência de apresentar nos palcos o monólogo “Não conta pra ninguém”. O tema central da peça é o abuso cometido contra mulheres. O espetáculo será encenado em Hortolândia, nesta quinta-feira (11/09), às 20h, no Teatro Elizabeth Keller de Matos, que fica dentro da Unidade Arlindo Zadi, localizada na rua Graciliano Ramos, 280, Jardim Amanda. A apresentação terá ingressos a preços populares, R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada), que devem ser adquiridos pelo site Sympla (CLIQUE AQUI). O espetáculo vem à cidade com o apoio da Prefeitura de Hortolândia.
A atriz Helga Nemetik concedeu entrevista ao Departamento de Comunicação da Prefeitura de Hortolândia para falar mais sobre o monólogo. Confira abaixo!
– Conte brevemente o que é o espetáculo “Não conta pra ninguém”.
Helga Nemetik: É a história de uma atriz de musical, que está prestes a fazer a audição para o musical de sua vida. Mas ela perde a voz. Os médicos dizem que ela não tem nada físico e indicam terapia. Com isso, ela se depara com segredos e traumas do passado e tenta lidar com tudo isso.
– O monólogo é inspirado no abuso sexual que você sofreu na primeira infância. Como foi para você ter que mergulhar de novo nesse episódio profundamente doloroso da sua vida para criar o espetáculo?Helga Nemetik: Foi um processo extremamente difícil emocionalmente, fisicamente. Doloroso mesmo. Mas eu sabia que seria necessário, e no final seria libertador.
– Como foi o processo de criação do monólogo? Quanto tempo durou desde a ideia inicial até a formatação final do espetáculo?
Helga Nemetik: Desde a ideia inicial, levamos três anos para concluir. Fizemos o projeto. Inscrevemos em editais, até que conseguimos entrar no edital de inéditos do Centro Cultural FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Quando fomos aprovados e fechamos a data da estreia, levamos dois meses para fazer o texto, e cinco semanas para levantar o espetáculo.
– Ao longo da encenação, quais linguagens artísticas você utiliza?
Helga Nemetik: Música, dança e teatro, é claro!
– O espetáculo teve duas temporadas bem sucedidas na cidade de São Paulo. Além de encenações em várias cidades do interior paulista. A que você atribui o sucesso que o monólogo tem feito nos palcos?Helga Nemetik: O tema é muito relevante. E a forma como abordamos na peça é de fato muito interessante e instigante. Quem assiste, volta e traz mais gente para assistir.
– O monólogo aborda um tema atual, mas profundamente delicado e ainda tabu na sociedade, que é a questão do abuso e da violência cometidos contra as mulheres. Você acredita que a arte tem o poder de transformar as pessoas e a sociedade? Sensibilizá-las e fazê-las refletir sobre temas importantes da atualidade, e a partir daí gerar mudanças na sociedade?
Helga Nemetik: Com certeza! Eu acredito que o teatro, além de divertir e emocionar, deve cumprir essa função social. A arte é uma ferramenta importantíssima para isso. Pois, ela é o espelho da sociedade. E através dela nós podemos ressignificar essa realidade, na maioria das vezes tão dura. E promover essa reflexão sobre valores, civilidade e também a transformação.
AÇÃO SOCIAL
O monólogo “Não conta pra ninguém” também terá caráter social ao incentivar o público a praticar a solidariedade. No dia da apresentação será feita arrecadação de absorventes femininos doados pelo público. As doações serão destinadas a pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica.
Além disso, a produção do espetáculo irá doar 30% da renda obtida com a venda de ingressos para o Fundo de Investimento Social Privado pelo Fim das Violências contra Mulheres e Meninas, criado pelo Instituto Avon e pela rede Accor em 2020 para o fortalecimento de serviços públicos de acolhimento e proteção à população feminina em circunstâncias de violência.
QUEM FAZ O MONÓLOGO
O monólogo foi idealizado pela atriz e cantora Helga Nemetik. A dramaturgia é de Juliana Rosenthal e a direção é de Michelle Ferreira.
Ao longo de sua carreira, Helga Nemetik atuou em programas de TV, como o quadro “Show dos famosos” no Domingão do Faustão, a novela “Rock story”, o seriado “Ilha de ferro” e em musicais como “Beetlejuice”, “Chaplin” e “Mulheres à beira de um ataque de nervos”. Na música, produziu e se apresentou nos shows “Jazz in the Blues”, “Helga, Tony e R&B” e “Superbacana”, que revisita a Tropicália. Atualmente, Helga está no elenco dos musicais “Mãe”, que entra em cartaz na cidade de São Paulo em setembro, e irá interpretar a cantora Fafá de Belém no musical sobre a cantora, que estreia em janeiro de 2026 no Rio de Janeiro.
Juliana Rosenthal já escreveu diversas peças de teatro, entre elas “O Inferno Sou Eu”, com Marisa Orth. Para cinema escreveu o roteiro da comédia “O amor no divã”. Para televisão assinou as séries “Hard”, da HBO, e “Os homens são de Marte…É pra lá que eu vou”, da GNT. Foi roteirista-chefe da série “Não foi minha culpa”, dirigida por Suzanna Lira, para a plataforma Star+.Atualmente escreve uma nova série para a plataforma Amazon Prime.
Michelle Ferreira já escreveu e dirigiu a peça “Eu não sou Harvey”. Também escreveu a série “Não foi minha culpa”, dirigida por Suzanna Lira, e as peças “Bárbara”, com Marisa Orth, e “A última entrevista”, com atuações de Marília Gabriela e Theodoro Cochrane, ambas dirigidas por Bruno Guida. Michelle foi indicada ao Prêmio Shell de melhor autora, em 2013, pela peça “Os adultos estão na sala”, e ao Prêmio Bibi Ferreira de melhor autora por “Uísque e vergonha”, com direção de produção de Marcelo Aouila.
EQUIPE TÉCNICA DO MONÓLOGO “NÃO CONTA PRA NINGUÉM”:
Idealização e Atuação: Helga Nemetik
Dramaturgia: Juliana Rosenthal
Direção, Cenografia e Workshop: Michelle Ferreira
Diretora Assistente: Jessica Mancini
Direção Musical: Eric Budney
Iluminação: Cesar Pivetti
Figurino: Camila Mundell
Fotos de divulgação: Rodrigo Lopes
Operadora de som: Cecília Lüz
Montagem e Operação de luz: Mica
Cenotécnico: Evas Carreteiro
Marketing e Design Gráfico: Julliana Della Costa
Assistente de produção: Kaio Farias
Assessoria de Imprensa: OPA Assessoria em Comunicação
Direção de Produção: Marcelo Aouila
Produção: Tchequia Produções e Essegaroto Aouila
Patrocínio: Unimed Campinas
Realização: Ministério da Cultura – Governo Federal







